Segundo a psicanálise, comportamentos extremistas podem ser vistos como expressões de conflitos internos reprimidos.

A psicanálise oferece uma abordagem rica e complexa para entender o comportamento de indivíduos que cometem atos extremistas ou terroristas, considerando aspectos inconscientes, traumas e dinâmicas psíquicas. Esses atos geralmente não surgem de forma isolada, mas estão enraizados em processos psicológicos e sociais profundos.

O Inconsciente e o Extremismo

Segundo a psicanálise, comportamentos extremistas podem ser vistos como expressões de conflitos internos reprimidos. Sigmund Freud teorizou que impulsos agressivos reprimidos podem ser redirecionados para ideologias ou ações extremas. Esses impulsos, quando canalizados para um ideal coletivo, podem fornecer ao indivíduo uma sensação de pertencimento e propósito que compensa sentimentos de vazio ou exclusão.

Narcisismo e Identidade

A teoria do narcisismo, fundamental na psicanálise, também ajuda a explicar esses atos. Indivíduos que se sentem insignificantes ou desvalorizados podem buscar formas extremas de validação externa, como a adesão a causas radicais. Para líderes extremistas, o narcisismo exacerbado pode alimentar a necessidade de controle e poder, enquanto seguidores podem ser atraídos pela promessa de reconhecimento ou legado simbólico.

Trauma e Radicalização

Traumas, especialmente na infância, são frequentemente ligados ao desenvolvimento de uma personalidade predisposta ao extremismo. Experiências de violência, humilhação ou exclusão podem criar feridas psíquicas que tornam o indivíduo vulnerável a ideologias radicais, que prometem restaurar uma sensação de poder ou dignidade perdida.

Contexto Social e Psicológico

A radicalização muitas vezes ocorre em um contexto social onde há percepção de exclusão, opressão ou ameaça. Estudos mostram que jovens, especialmente aqueles em situações de vulnerabilidade econômica ou social, são mais propensos a serem atraídos por narrativas que ofereçam propósito e identidade. O sentimento de injustiça, combinado com ideologias que legitimam a violência, pode atuar como um catalisador para o extremismo.

Caso Brasileiro e Considerações Psicanalíticas

No caso recente no Brasil, em que um homem tentou atacar o Supremo Tribunal Federal e posteriormente atentou contra sua própria vida, a psicanálise pode interpretar o ato como uma tentativa desesperada de restaurar uma narrativa pessoal de controle ou significado. A autodestruição, nesse contexto, pode estar relacionada a um colapso psíquico diante do fracasso de sua “missão” e da incapacidade de lidar com o impacto de suas ações.

Intervenções Possíveis

A abordagem psicanalítica sugere que a prevenção da radicalização exige intervenções que abordem tanto os fatores sociais quanto os individuais. O fortalecimento de identidades saudáveis, a promoção de espaços de pertencimento e o tratamento de traumas podem reduzir a vulnerabilidade ao extremismo.

Fontes como análises de processos psicossociais e modelos neurocientíficos complementam essa visão, ressaltando a influência de fatores biológicos, sociais e psicológicos na formação de comportamentos extremistas, destacando a importância de estratégias preventivas abrangentes e empáticas

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